sexta-feira, 17 de julho de 2009

O universo feminino é misterioso até para as mulheres.

Victor Zacharias

Monólogos da Vagina - 1996
A autora, atriz e feminista Eve Ensler, americana, entrevistou 200 mulheres no mundo todo de várias idades, raças, preferências sexuais, estado civil, mãe ou não, e inclusive algumas grávidas, o tema era a vagina.
A peça foi levada em mais de 119 países, traduzida em 45 línguas e já foi protagonizada por atrizes como Jane Fonda, Whoopi Goldberg, Susan Sarandon, Oprah Winfrey ou Meryl Streep, e no Brasil Tânia Alves, Fafy Siqueira e Betina Viany.
Ensler depois de todas estas gravações fez vários monólogos para interpretar algumas das histórias e também criar brincadeiras com a exploração de assuntos que pelo seu teor despertam curiosidade.
No começo achei que o roteiro do filme mostraria a performance da atriz nos moldes de uma comédia "stand up", mas depois percebi que não era bem assim, nem tudo era engraçado, existiam histórias tristes.
Por exemplo, ela foi até a Bósnia para saber das mulheres como era a relação delas com a vagina nos casos de estupro e ficou chocada ao saber que mais de 27 mil mulheres eram estupradas naquele lugar, quando voltou para o EUA por curiosidade resolveu perguntar quantas mulheres americanas eram estupradas e para sua surpresa descobriu que estavam documentados mais 700 mil casos por ano
Uma das partes mais divertidas é quando ela começa a citar os apelidos que a vagina tem e inicia uma extensa lista de mais de 30 nomes, as risadas apareciam pela analogia e pela lista interminável.
Ela se surpreendeu de como muitas mulheres ignoravam a vagina e nunca tinham sequer olhado esta parte do corpo, a tocavam somente para higiene, como o caso de uma mulher de 82 que despertada pela entrevista foi a um terapeuta e descobriu o prazer do toque.
Os sons do prazer aparecem quando começa a emitir os mais variados barulhos e lhes dar nomes característicos desde o mais longo da luxúria até um quase sem som da religiosa.
É surpreendente que este assunto seja mostrado publicamente e tenha o destaque e a publicidade que teve, porque até há poucos anos era considerado tabu. Neste sentido a peça abre um novo tempo para o início de mais esta quebra de preconceitos das próprias as mulheres e dos homens.



Como homem gostei de ver e perceber um pouco de como a mulher se relaciona com sua intimidade, mas acredito que as mulheres se identificarão bem mais com as histórias.
Coloco aqui a primeira parte do vídeo é quase um resumo e está em espanhol, assista este começo e se gostar alugue o DVD, acho que valerá a pena.

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