segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Despedida de solteiro quase acaba mal.

Victor Zacharias

Se beber, não case.
O título original é "Hangover" que quer dizer ressaca.
Uma comédia com tudo que se diz sobre os ritos de um pré casamento e com muita malícia.
Um cara vai casar e os melhores amigos e seu genro resolvem viajar juntos para fazer a tal da despedida de solteiro em Las Vegas.
Na turma tem personalidades contrárias para que pintem os contrates que provocarão risos.
O noivo é aquele que quer manter o grupo unido, o amigo casado, é o bonitão, gosta de uma farra e de levar vantagem, o amigo submisso é o que vai casar com um mulher mandona, cá entre nós: quem é que agüenta, e o amigo genro que tem um parafuso a menos e barriga a mais. Pronto tá feita a comédia.
Ao chegar em Las Vegas, um cidade no deserto americano voltada para o jogo, eles seguem direto para um super hotel chamado Ceasar que reproduz Roma no detalhes. Na portaria pedem o melhor quarto e tudo fica no cartão do submisso para acertarem depois. Tem certos caras da turma que acabam sempre pagando a conta. Você conhece algum?
Do início da farra, um brinde, o filme vai para o fim da festança, mas o noivo somiu e os três não lembram nada do que aconteceu.
Este é o problema a ser resolvido no filme, encontrar o noivo a tempo para que o casamento aconteça.
O filme reforça comportamentos machistas, pois o homem foi farrear no seu último dia de solteiro, enquanto a mulher espera pacientemente o noivinho para se casar e parece que é assim de geração a geração, porque o sogro diz que tudo que acontecer em Las Vegas será esquecido. Parece que tudo é lembrado para que o costume não se perca. Vendo o filme as mulheres podem achar isso normal e aceitar este jogo.
O filme é uma propaganda de Las Vegas, do jogo, do comércio sexual e das drogas.
Muitas cenas com piadas nada inocentes e com apelo sexual me deixou surpreso porque a classificação do filme era livre, ao final do filme eu vi uma menina de uns 5 anos, que não deve ter entendido nada e acabou dormindo. Porém muitas crianças não dormiram. Sem querer ser moralista fico com a certeza que a mídia, incluído o cinema, tem despertado uma erotização precoce nas crianças.
No filme eles roubam carros da polícia, dão muitas trombadas, subornam o médico, perdem o dente, acham um bebê, levam tiros de crianças de armas e não faltaram as brigas, uma violência básica, e numa dessas horas aparece o rei da violência o lutador Mike Tyson (fora de forma). Tyson não gosta de nada que o grupo faz e só fica alegre quando fica sabendo que eles roubaram o carro da polícia.
Curiosidade: o artista que fica sem um dente o perdeu quando era criança e para o filme foi só tirar o implante.
Outro comportamento repetitivo é que os homens ao falarem com suas mulheres mentiam o tempo todo, isso quer dizer que os homens são mentirosos. Será que só os homens?
O filme é um sucesso na terrinha do Obama, dá para rir mas não levem as crianças por motivos óbvios.

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